Umbanda - Natasha Kula

  Ser cigano não é simplesmente ser um andarilho. E tampouco o ato de andar sem destino faz de alguém um cigano. A identidade cigana vai muito além da imagem romântica de uma vida nômade. Ela carrega em si uma história de resistência, exclusão e, acima de tudo, autenticidade. Os ciganos foram – e são – pessoas que desafiaram as normas impostas pela sociedade, não por rebeldia gratuita, mas por viverem de forma verdadeira, sem se moldar às expectativas alheias. Enquanto muitos se apresentavam como a sociedade esperava, os ciganos escolhiam viver com alegria, mesmo em meio às dificuldades. Aprenderam a não alimentar a tristeza, a não dar espaço para que ela se instalasse com sua carruagem pesada. Preferiam dançar, cantar e celebrar – não como fuga, mas como resistência. A moralidade imposta, muitas vezes contraditória, nunca os seduziu. Para os ciganos, não fazia sentido fingir ou representar um papel para ser aceito. A vida era — e ainda é — uma celebração da verdade, mesmo quand...

Os ciganos são povos originários do Oriente Médio que se espalharam pelo mundo, levando consigo uma rica herança cultural expressa por sua linguagem, vestimentas, costumes, educação, músicas e culinária. Carregam, em sua essência, histórias e vivências marcadas pela liberdade e pela sabedoria ancestral. Quando se manifestam no plano espiritual, trazem consigo valores como a união familiar, a prosperidade, o amor, a dedicação, a movimentação, a magia e o autocuidado. Em nossa casa, especificamente, as cores que representam essa falange são o vermelho, símbolo de força e movimento, e o dourado, que representa a prosperidade. Sua saudação é Optchá! O Orixá que rege essa linha espiritual é Santa Sara Kali/Oroina, a Orixá do Fogo — guardiã dos ciganos e protetora das mulheres grávidas. Os dias de culto a essa falange costumam ser: Quarta-feira: Ciganos do Fogo Sexta-feira: Ciganos do Ocidente Sábado: Ciganos do Oriente Entre os elementos utilizados em seus trabalhos espirit...

  Muita gente acende vela esperando milagre. Faz despacho querendo resultado imediato. Mas se engana quem acha que a espiritualidade funciona como uma loja de desejos. Na verdade, ela funciona como um tribunal justo. Quando você entra com um processo na Justiça, o que você está fazendo? Apresentando um pedido, com base em um direito. Você entra com ação, mas quem decide é o juiz. Ele vai olhar seus argumentos, suas provas, seu histórico. Vai avaliar se você tem direito de receber aquilo que está pedindo. Com a espiritualidade é a mesma coisa. Quando você acende uma vela, faz uma oferenda ou entrega uma palavra, você está iniciando um processo. Está pedindo. Está colocando algo em movimento. Mas quem vai julgar se você merece ou não, não é você. É a entidade. É o orixá. É o universo. E mais: A entidade só se compromete com aquilo que ela própria fala. Ela não vai sustentar o topete do médium que promete o que não pode cumprir. Se você não tem fundamento, não tem e...

  A Umbanda preserva o conceito de "anjo da guarda", ainda que suas raízes sejam tradicionalmente católicas. Por ser uma religião universalista, compreende que essa energia protetora é única, recebendo diferentes nomes conforme cada cultura ou tradição espiritual. Dentro das práticas umbandistas, o "anjo da guarda" é, na verdade, um guardião espiritual responsável pelo nosso cordão de prata—o elo energético essencial que liga o nosso espírito ao corpo físico durante toda a nossa jornada terrena. Esse cordão é responsável pela transmissão de energia vital, mantendo a vida física e espiritual em equilíbrio. O guardião atua naturalmente na proteção diária, porém, em momentos de desafios espirituais ou situações delicadas, é fundamental invocá-lo conscientemente para intensificar nossa proteção e fortalecer nossa conexão espiritual. O ritual conhecido como "deitada de anjo de guarda" possui grande importância dentro da Umbanda, sendo frequentemente realizado c...

  O que é ser Ekedi? Dentro dos cultos de matriz africana, a Ekedi é uma mulher iniciada que, por designação dos Orixás e da espiritualidade, não incorpora, mas serve e auxilia diretamente aqueles que recebem os santos.  Ela é a guardiã dos cuidados com o terreiro, com os filhos de santo, com a casa e, principalmente, com o próprio Orixá manifestado em terra. Importância e Funções da Ekedi : A Ekedi é tida como os “olhos e as mãos” dos Orixás durante as cerimônias, cuidando para que tudo aconteça de forma respeitosa, organizada e dentro dos preceitos sagrados. Entre suas funções, destacam-se: • Zelar pelos Orixás em terra: A Ekedi ajuda a vestir, adornar, conduzir e atender os Orixás durante a manifestação, garantindo conforto e segurança. • Cuidar dos filhos de santo: Está sempre atenta para auxiliar os iniciados, orientando, acolhendo e instruindo dentro da hierarquia e dos rituais. • Organizar e manter a ordem do axé: Desde a limpeza do espaço até a organização ...

O ritual de soprar canela no primeiro dia do mês é uma prática energética associada à prosperidade e abundância.  Acredita-se que a canela tenha propriedades atrativas e potencialize a chegada de boas energias, especialmente ligadas ao dinheiro e oportunidades. Como fazer o ritual de soprar canela? 1. No primeiro dia do mês, pegue um punhado de canela em pó na palma da mão direita. 2. Vá até a porta de entrada da sua casa ou do seu trabalho. 3. Assopre a canela para dentro do ambiente, mentalizando prosperidade, sucesso e boas oportunidades entrando no seu lar ou negócio. 4. Enquanto sopra, pode repetir frases como: “ Que a prosperidade entre e permaneça na minha casa.” “O dinheiro e as boas oportunidades vêm até mim com facilidade.” 5. Deixe o pó da canela agir durante todo o dia, para somente no dia seguinte varrer ou limpar. Esse ritual é simples, mas muitas pessoas acreditam em seu poder simbólico para atrair energias positivas.  Se quiser potencializar...