Espiritualidade é um Processo, Não Um Milagre

 

Muita gente acende vela esperando milagre.

Faz despacho querendo resultado imediato.
Mas se engana quem acha que a espiritualidade funciona como uma loja de desejos.
Na verdade, ela funciona como um tribunal justo.

Quando você entra com um processo na Justiça, o que você está fazendo?
Apresentando um pedido, com base em um direito.
Você entra com ação, mas quem decide é o juiz.
Ele vai olhar seus argumentos, suas provas, seu histórico.
Vai avaliar se você tem direito de receber aquilo que está pedindo.

Com a espiritualidade é a mesma coisa.
Quando você acende uma vela, faz uma oferenda ou entrega uma palavra,
você está iniciando um processo.
Está pedindo. Está colocando algo em movimento.

Mas quem vai julgar se você merece ou não,
não é você.
É a entidade. É o orixá. É o universo.

E mais:
A entidade só se compromete com aquilo que ela própria fala.
Ela não vai sustentar o topete do médium que promete o que não pode cumprir.

Se você não tem fundamento, não tem energia, não tem estrutura…
Não adianta sair falando que o trabalho vai funcionar em sete dias,
que o amor vai voltar, que o dinheiro vai cair.
Porque o que a entidade faz é justiça — e justiça exige merecimento.

Assim como num processo jurídico, a espiritualidade pergunta:
Você está preparado para receber o que pediu?
Você tem vida organizada? Está firme com seus compromissos?
Está sustentando sua energia com retidão?

Então lembre:
Fazer um trabalho espiritual é como abrir um processo.
E o retorno — bom ou ruim — vai depender de tudo o que você fizer antes, durante e depois.


Handriell de Obaluyaê 

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